Luanda, 22 de Abril de 2015
CONTREIRAS E SAMAKUVA FALAM SOBRE INSTABILIDADE POLÍTICA
PREA e UNITA reuniram para analisar a situação política, militar, económica, social e os Direitos Humanos
O presidente do Pentágono Político do Partido Republicano de Angola-PREA, Carlos Contreiras, esteve reunido segunda-feira, 20 de Abril, com Isaías Samakuva presidente da UNITA, onde a questão do mandato de 36 anos do actual presidente angolano, José Eduardo Dos Santos, a intolerância política, a realização das eleições autárquicas, as questões sociais, económicas e financeiras e o incidente que vitimou nove agentes da polícia nacional e cidadãos civis na província do huambo foram os assuntos chaves do encontro.
O encontro que acolheu a direcção do mais alto órgão de carácter deliberativo e executivo do PREA, encabeçada pelo seu líder, Carlos Alberto Contreiras Gouveia, teve lugar na presidência da UNITA, onde Isaías Samakuva congratulou grandemente, o espírito de liderança e firmeza do presidente Contreiras na busca da paz universal, e no amplo contributo em prol da justiça, democracia, direitos humanos e resolução de conflitos com vista o desenvolvimento do país e de África.
O referido encontro concentrou-se no reforço da democracia e dos Direitos Humanos na busca da manutenção da Estabilidade e da Paz. O Encontro durou cerca de duas horas, foi solicitado pelo presidente Carlos Contreiras, para avaliar a questão da consolidação do proceso de paz no âmbito do espírito do Memorando de Entendimento de Luena, bem como analisou a questão da convocação das Eleições Autárquicas e das próximas Eleições Gerais.
As lideranças analisaram ainda a questão económica e financeira do país, nomeadamente as receitas monetárias provenientes da
produção do petróleo, a situação do Fundo Estratégico e do Fundo de Soberania Nacional, um situação que os angolanos desconhecem para onde o dinheiro do povo tem sido canalizado, o qual deveria servir as preocupações básicas da população angolana que cada vez mais sofre.
Para os republicanos angolanos, segundo o seu líder Carlos Contreiras, a questão da paz e estabilidade constitui uma responsabilidade irreversível e incontrovertível de carácter constitucional para todos os angolanos.
“Aprendemos com os Estados Unidos da América, a maior Super-Potência do mundo, que a Paz é a planta do desenvolvimento dos povos que buscam a harmonia. Quando aquele que governa não é capaz, a oposição deve assumir política, pacífica e democraticamente o seu papel sem levar em perígo a estabilidade e a paz,” afirmou Carlos Contreiras.
SOBRE O CASO HUAMBO
No que toca a intolerância política, Carlos Contreiras apelou para uma maior responsabilidade dos governos locais que muita das vezes são negligentes ao arrumarem a casa, pois é o povo que escolhe os dirigentes e não os dirigentes o povo. O político apelou também as lideranças das forças políticas por forma a manter a calma e as emoções com respeito a lei e as diferenças.
Contreiras defendeu que é necessário o banimento do uso desnecessário da força policial contra a sociedade civil, uma situação que tem provocado um grande desequilíbrio no quadro da vertente da consolidação da paz conquistada com muito sangue em 4 de Abril de 2001.
Carlos Contreiras adiantou que as Igrejas não fazem política e devem pautar por uma conduta social apartidária, pacífica e reconciliadora.
O político concluiu que a paz é o patrimônio número dos angolanos, afirmando que as pessoas para defenderem os seus interesses não devem ser movidas por voluntária paixão das cores de bandeiras dos partidos políticos pondo em risco a vida de pessoas inocentes, quer cidadãos civís religiosos, quer para-militares e militares.
Considerou um perigo quando se trata da observância da lei e dos direitos constitucionalmente consagrados (direito de liberdade de religião, liberdade de manifestação pública, liberdade de expressão e de imprensa) num clima de paz em busca do desenvolvimento.
“Chamamos aqui a responsabilidade de quem governa, nesse caso específico o governo da província do Huambo, bem como das forças políticas e da Igreja no geral (crentes religiosos e líderes religiosos) com tendência política partidária, para o respeito a ordem e a lei, por forma a evitar mortes e holocaustos indesejáveis como o recente trágico incidente ocorrido no Huambo, que aqui condenamos, sendo muito grave e um perigo para a paz e segurança nacional,” disse Contreiras. – “A igreja não faz política! O Estado é laico. Há uma separação entre a igreja e o Estado. Da mesma forma o governo deve trabalhar para um clima de paz e harmonia,” disse Contreiras.
“Os angolanos devem pautar por uma consciência de Paz. O país deve ser guiado na luz da Paz e concórdia. Aquele que governa deve respeitar o poder público como propriedade do Estado, e não como propriedade de pessoas singulares ou de partidos políticos,” asseverou Contreiras – Adiantando que “Os políticos não devem confundir a relação ideológica partidária no plano do exercício das funções, devendo preservar a estabilidade com espírito pacificador, de tolerância e respeito pela diferença,” rematou o presidente do PREA, Carlos Contreiras.
Sobre o mandato prolongado de José Eduardo Dos Santos, o líder do PREA, Carlos Contreiras deixou claro, reafirmando que José Eduardo Dos Santos deve abandonar o poder pois o seu mandato atropela os princípios universais da democracia representativa, responsabilizando o Procurador Geral da República, o Presidente do Tribunal Constitucional e do Tribunal Supremo por cumplicidade e conivência pelo prolongamento do mandato inconstitucional do actual presidente angolano que confunde a República de Angola, o Estado de Direito Democrático, com uma monarquia sem croa.
ESTADOS UNIDOS NO PLANO GLOBAL
Carlos Contreiras, defendeu grandemente a questão do combate contra o terrorismo sendo uma preocupação do seu partido. Contreiras alertou para maior responsabilidade do Estado angolano tendo em conta as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU, onde congratulou todas as iniciativas do Governo dos Estados Unidos da América em promover a paz e a estabilidade global, a justiça universal para o bem das nações e povos no mundo.
POSICIONAMENTO DA UNITA
Já para o líder da UNITA, Isaías Samakuva (na foto), “o país está a tomar um rumo perigoso”. O político defendeu que o seu partido não vai pactuar com as irregularidades de Eduardo Dos Santos e do seu partido, o MPLA, que considerou inconstitucionais. O líder da UNITA disse que “os angolanos querem uma mudança genuína para salvação do país e, devem juntar esforços para combater tudo aquilo que periga a paz e a democracia defendendo os interesses das camadas mais vulneráveis.
“Se em 40 anos José Eduardo Dos Santos e o MPLA não foram capazes de resolver os problemas dos angolanos não será agora que vamos dar um privilégio àqueles que engordam com o sangue dos angolanos, os quais desesperadamente, querem retornar o país à guerra para prolongarem o seu mandato em benefício pessoal e levar o país a ruína,” rematou Samakuva.
“As ruas estão todas estragadas, não temos água nem luz, não há casas para as pessoas viverem com dignidade e paz, não existem hospitais nem escolas públicas. Temos lixeiras e pântanos por todos os cantos do país,” disse Samakuva muito descontente com a imagem da cidade capital.
Com a mesma linha de penamento, Samakuva responsabilizou o governador da província do Huamnbo, pela tragédia que vitimou nove agentes da corporação. “Esta tragédia é responsabilidade pessoal do governo do Huambo que tem usado a força do poder policial para incitamento a violência e à guerra,” disse Samakuva. Adiantando que “A UNITA tem sido um partido exemplar em nome da Paz e da concórdia,” afirmou Samakuva.
CONCLUSÃO DO ENCONTRO
Contreiras e Samakuva defenderam que é urgente a convocação das eleições autárquicas necessárias para se pôr fim os abusos dos governos locais. As lideranças foram unânimes apelando para coesão da oposição que doravante deve estar unida para em conjunto explorarem novas linhas de força por forma a pôr fim a ditadura militar, os abusos do poder e da coisa pública, a sistemática violação dos direitos humanos e a galopante corrupção desmedida em Angola.
No dia 21, na Casa das Leis, a UNITA abandonou o parlamento antes da votação, opondo-se contra a votação do MPLA. Esta tomada de posição da UNITA foi defendida pelo PREA, na pessoa do seu presidente Carlos Contreiras, que considerou positiva e idónia a tomada de medida democrática da UNITA em nome da soberania e da oposição angolana.
“Sendo a UNITA um partido civil, pacífico e democrático liderada pelo Isaías Samakuva, somos a favor da posição política da UNITA. Mais uma vez, reafirma-mos aqui o nosso compromisso com a Paz e a democracia, e, encorajamos a UNITA e todas as demais forças vivas do país a prosseguirem os seus fins de forma pacífica e democrática sem armas, com respeito a Constituição da República e a lei. É urgente manter a coesão das forças na oposição, para uma verdadeira oposição no combate político contra todas as forma de exclusão e anti-democráticas, contra a ditadura militar e contra os abusos do poder e a corrupção em Angola, formas (des)governação que visam perigar a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do país,” disse Conteiras.
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COMUNICADO DE ALERTA INTERNACIONAL
PREA CONDENA DITADURA E O NEO-COLONIALISMO IMPLANTADO POR JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E MPLA CONTRA OS ANGOLANOS PAR INVIABILIZAR A PAZ E A DEMOCRACIA EM ANGOLA.
PREA CONDENA DITADURA E O NEO-COLONIALISMO IMPLANTADO POR JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E MPLA CONTRA OS ANGOLANOS PAR INVIABILIZAR A PAZ E A DEMOCRACIA EM ANGOLA.
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